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Rússia coloca premiê da Estônia em lista de pessoas procuradas | CNN Brasil

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As autoridades russas iniciaram nesta terça-feira (13) um processo criminal contra a primeira-ministra da Estônia, Kaja Kallas, acusações que a líder do Estado báltico alegou terem sido motivadas politicamente.

O Kremlin acusou Kallas, o secretário de Estado da Estônia, Taimar Peterkop, e o ministro da Cultura da Lituânia, Simonas Kairys, de destruir ou danificar monumentos soviéticos em memória dos soldados soviéticos, informou a estatal russa Tass. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou as acusações em uma chamada com jornalistas, mas não esclareceu quando o suposto crime ocorreu.

Pouco depois da invasão da Ucrânia pela Rússia há quase dois anos, Kallas anunciou que a Estônia removeria todos os monumentos soviéticos do país dos espaços públicos.

Nesta terça-feira (13), Kallas disse nas redes sociais que a medida não é surpreendente e é a prova de que ela está “fazendo a coisa certa”, apoiando a Ucrânia em sua guerra contra a Rússia.

“Ao longo da história, a Rússia tem velado suas repressões por trás das chamadas agências de aplicação da lei”, disse Kallas, citando os casos de sua avó e mãe, que ela disse terem sido deportadas para a Sibéria depois que a KGB emitiu mandados de prisão contra elas.

“O Kremlin agora espera que esse movimento ajude a silenciar a mim e aos outros – mas não ajudará. O oposto. Vou continuar o meu forte apoio à Ucrânia”, disse ela.

A Estônia, uma antiga parte da União Soviética, aderiu à União Europeia e à OTAN em 2004. A expansão da OTAN para a fronteira da Rússia há muito tempo irritou o presidente russo, Vladimir Putin, que vê a aliança como uma ameaça existencial.

Um relatório do Serviço de Inteligência Externa da Estônia disse que a Rússia pode considerar dobrar o número de tropas estacionadas em sua fronteira com os países bálticos e aumentar o efetivo em sua fronteira com a Finlândia, que se juntou à OTAN no ano passado.

O ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, também proferiu nesta terça-feira (13) seu discurso anual de política externa, que incluiu comentários inflamados contra a Rússia e um apoio total à Ucrânia.

“Ninguém quer viver em um mundo onde Putins vagueiam, sequestrando e deixando crianças órfãs, tentando cancelar seus vizinhos e minerar usinas nucleares”, disse ele. “A agressão não deve ter sucesso; não deve se tornar uma nova realidade aceitável. Caso contrário, o mundo se tornará o domínio da força, arrogância, insensibilidade, autoritarismo.”

Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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