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Dívida da Americanas pode ser maior que o imaginado

Passivo da rede varejista supera R$ 48 bilhões, apontam dados preliminares; diagnostico detalhado deverá ficar pronto em março

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Um diagnóstico detalhado sobre o total da dívida da rede varejista Americanas deve ficar pronto em março, e os dados preliminares apontam para um passivo que pode superar R$ 48 bilhões. Foi o que disseram à Jovem Pan pessoas ligadas à execução do processo de recuperação judicial, iniciada em janeiro. A rede varejista também revisou, recentemente, o total de credores. Inicialmente, falava em 7.720, mas, agora, o número é 9.500.

O rastreamento das dívidas da rede varejista envolve um grupo multidisciplinar, que inclui escritório de advocacia, especialistas na lei de recuperação judicial e falências e economistas renomados. Tudo para que o trabalho seja bem feito.

Os primeiro resultados da investigação devem ser apresentados à Justiça fluminense no mês de março. O prazo para a apresentação do relatório com o diagnóstico é de 60 dias a partir da aceitação do pedido de recuperação judicial, indo até 23 de março

Na última quinta-feira, 16, a rede Americanas divulgou uma primeira oferta a bancos credores, que foi rejeitada. A empresa ainda me apresentou um pedido ao administrador da recuperação judicial para ter autorização para o pagamento da totalidade das dívidas trabalhistas com pequenas e médias empresas, o que corresponde a R$ 192,5 milhões, o que foi aceito.

O economista Aurélio Valporto, da Associação Brasileira de Investidores (Abradin), que representa acionistas minoritários de empresas de capital aberto, fala porque que a primeira oferta da rede Americanas não foi aceita pelos credores:

 “Os novos credores consideraram inaceitável um calote de 60% no valor de seus créditos conforme proposto. De fato, eles consideram um roubo premeditado. De resto, pagar inicialmente credores classe um, os trabalhadores, é de praxe. Pagar os pequenos fornecedores também não fede nem cheira.

O problema para aprovar o plano de recupera judicial vai ser conseguir chegar a um acordo com os grandes credores, classe três, que são os bancos”, diz. Dentro do governo, a prioridade do momento é tentar proteger e salvar as diversas empresas, fornecedoras, da rede Americanas e, principalmente, os milhares de empregos envolvidos direta e indiretamente na crise.

Com informações Jovem Pan

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