Redação Juruá Online
A construção da nova rodoviária de Cruzeiro do Sul, que se arrasta desde 2018, tem gerado descontentamento entre comerciantes do terminal atual e passageiros. Localizada em uma área não central, a nova estrutura prometia modernidade e melhorias, mas, quase sete anos depois, a situação permanece insatisfatória.
Os comerciantes que atuam no terminal atual expressam preocupações sobre a localização da nova rodoviária, apontando que ela pode dificultar o acesso para muitos moradores e viajantes, especialmente aqueles que não podem pagar por transporte alternativo. Rosildo da Silva, um dos comerciantes, destaca a necessidade de acessibilidade, afirmando: “Precisamos de algo que dê acessibilidade para os pobres.”
Francisco Virgulino, responsável pela venda de passagens, critica o planejamento da nova rodoviária, afirmando que a estrutura é inadequada para atender à demanda atual e futura, e que o espaço é pequeno para o número crescente de empresas de ônibus que desejam operar na cidade.
Com cerca de 300 passageiros utilizando o terminal diariamente, a falta de infraestrutura no local atual é evidente. Passageiros e trabalhadores reclamam da situação precária, especialmente durante a chuva, quando embarcam e desembarcam sob condições adversas. Rosildo Silva ressalta a necessidade de uma rodoviária mais humanizada e adequada para atender a população da região do Vale do Juruá.
A insatisfação é compartilhada por muitos comerciantes, que não pretendem se mudar para a nova rodoviária, alegando que o espaço é isolado e mal planejado. Pereira, um comerciante com mais de 15 anos de experiência no local, critica a nova estrutura, afirmando que “não cabe quase nada ali”.
A situação é ainda mais complexa devido à paralisação da obra, que já consumiu mais de R$ 4 milhões em recursos públicos. O secretário adjunto de gestão, Isaac Bernon, explicou que a obra enfrenta dificuldades, incluindo a necessidade de revitalização e adequação do espaço para atender à demanda atual.