A doença tirou três anos da expectativa de vida dos hispânicos, 2,6 anos dos afro-americanos e 1,2 ano dos brancos não-hispânicos.
A expectativa de vida nos Estados Unidos diminuiu em 1,5 ano em 2020, em consequência da pandemia de Covid-19, de acordo com estatísticas publicadas nesta quarta-feira (21).
Até 2019, a expectativa de vida era de 78,8 anos. Agora, é de 77,3 anos. Essa é a maior queda na projeção desde a Segunda Guerra Mundial.
Os dados foram publicados inicialmente pelo “New York Times”.
Quase 610 mil pessoas morreram de Covid-19 nos EUA desde o começo da pandemia. É o país com o maior número absoluto de mortes.
Os hispânicos foram os que tiveram a maior perda de anos na expectativa de vida: com a Covid-19, o número caiu 3 anos.
Entre os afro-americanos, a queda foi de 2,6 anos. E entre os brancos não-hispânicos, 1,2 ano.
Queda de 1,94 ano no Brasil
O Brasil é o segundo país com maior número de mortes de Covid-19 no mundo. Segundo um estudo de abril de 2021, houve uma redução média nacional de 1,94 ano na expectativa de vida do brasileiro ao nascer.
O estudo “Redução na expectativa de vida no Brasil em 2020 após a Covid-19” foi liderado pelo Departamento de Saúde Global e População da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e publicado como pré-print, ou seja, uma versão preliminar ainda sem revisão de outros especialistas da área. O Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também participou da investigação.
De acordo com a pesquisa, nos últimos 20 anos o Brasil havia ganhado cerca de 6,94 anos em expectativa de vida ao nascer. Isso significa que uma pessoa que nasceu em 2019 tinha expectativa de viver quase sete anos a mais do que quem nasceu no final dos anos 90.
A alta mortalidade ocasionada pela pandemia fez com que a expectativa de vida ao nascer diminuísse 28%, fazendo com que o país retornasse aos níveis observados em 2013.
Entre os estados, o Amazonas foi o mais prejudicado. O ganho de 5,51 anos na expectativa de vida ao nascer conquistado nos últimos 20 anos, foi perdido em 60% devido aos efeitos da Covid-19.
Por G1