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Mulheres superam barreiras ao optarem por gravidez independente

De acordo com dados de uma clínica de reprodução assistida, que registrou 17 casos de produção independente em 2021. Revelou que nos cinco primeiros meses de 2022, o número de mulheres solteiras que optam pela inseminação já chega a 36 – aumento de 112% até o momento.

“A idade média dessas pacientes gira em torno de 37 anos. São mulheres com uma condição socioeconômica maior, que podem bancar um tratamento, assim como criar um bebê”, afirma o médico João Ricardo Auler, diretor da clínica.

À espera do seu primeiro filho, a nutricionista Aline Bernardo, 41 anos, sempre sonhou em ser mãe. Ela conta que adiou o plano para priorizar a carreira. E, aos 38 anos, após encerrar um relacionamento de quatro anos, optou por fazer fertilização in vitro.

“Decidi ser mãe solo porque eu acabei priorizando os estudos, a minha formação. Quis conquistar uma cartela de clientes que me desse uma segurança e alcançar mais estabilidade para manter o meu filho”, pondera Aline Bernardo

A nutricionista menciona que decidiu fazer inseminação a partir de uma conversa com seu irmão, que sugeriu o procedimento. “Estava falando sobre meus sonhos, minhas expectativas e, de imediato, fui pesquisar sobre o assunto. Fui amadurecendo a ideia. Quando tomei a decisão, minha família me apoiou muito. Isso fez toda a diferença”, revela.

O perfil da mãe solo costuma estar associado à mulher bem-sucedida, sem a preocupação de buscar um marido ou namorado.

“A minha maternidade não está condicionada a uma relação homem e mulher, a um casamento, a algo tradicional. Mas sim ao tanto de amor que tenho para oferecer ao meu filho. É uma explosão de amor tão grande, que só me faz ter certeza de que essa foi a melhor decisão da minha vida. Estou muito feliz, não dá para descrever”, conclui Aline.

“Não era meu sonho ser mãe solo”

A acupunturista Ana Silvia Lopes, 45, conseguiu engravidar logo na primeira tentativa, dois anos atrás.

“O tempo foi passando, e não apareceu a pessoa certa para formar uma família, para ser pai do meu filho. Quando a idade vai chegando, a gente começa a pensar em fazer alguma coisa para realizar aquele sonho. Foi assim que eu procurei a fertilização in vitro”

Ela cita o dilema associado à decisão de ter uma criança sem um parceiro: “Não foi fácil. Conversei muito com meu psicólogo, houve um processo de autoaceitação. Não era meu sonho ser mãe solo, mas decidi enfrentar todas as barreiras”. José, o filho de Ana Silvia, já completou 1 ano de idade.

Maria Cecília Erthal, médica e especialista em reprodução do Centro de Fertilidade Vida, avalia: “Infelizmente, essas mulheres ainda sofrem preconceito. As cobranças pessoais e da sociedade causam angústias, além da sensação de que o tempo está passando e o relógio biológico, envelhecendo. Muitas delas não sabem se realmente querem ter um filho ou se estão em busca disso porque sempre foram ensinadas que toda a mulher deve experimentar a maternidade”.

Via Metrópoles

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