Moradores do Segundo Distrito seguem com as reclamações a respeito da poluição ocasionada por produtos químicos que estão vazando para um córrego em Rio Branco. O local fica próximo à loja agropecuária que pegou fogo em julho deste ano e teve uma extensão de pelo menos dois quilômetros. No local eram comercializados produtos químicos e venenos.
“Há mais de três meses estamos enfrentando esse problema. Temos a mistura da água da chuva com o veneno e infelizmente não sabemos em longo prazo ou curto prazo o que isso vai fazer qual o mal fará para o nosso organismo. Eu tenho uma mãe de 81 anos que ela precisa passar por aqui porque essa é a única saída e entrada do bairro. Infelizmente, estamos abandonados pelo poder público”, reclamou a moradora Luíza Araújo.
Em nota, o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) disse que enviou uma equipe técnica até o empreendimento para comprovar a situação relatada pelos moradores. O órgão disse ainda que os responsáveis foram notificados para que realizassem a limpeza, sucção e contenção do material químico que ainda possa existir no local de forma imediata. (Veja nota mais abaixo)
Geovanes Bezerra, que também é morador do local, disse que a água da chuva contaminada pelo veneno escorre para o esgoto. “Passamos de carro e quando paramos nas nossas residências o cheiro do veneno é muito forte. A situação é bem complicada.”
Nota do Imac
NOTA À IMPRENSA
Em relação à matéria veiculada na mídia (Rede Amazônica no dia 02/11/2022) sobre a denúncia da comunidade Travessa da Cigana, em frente ao Supermercado Araújo na Seis de Agosto, o IMAC esclarece que:
- Fazendo um histórico sobre o incidente informamos que as providências foram tomadas na data do ocorrido, onde as equipes do Instituto de Meio Ambiente do Acre – IMAC, da Secretaria de Meio Ambiente de Rio Branco – SEMEIA, Bombeiros Militar e Defesa Civil do Município realizaram vistorias tanto na parte do incêndio, como em suas imediações observando os impactos gerados.
- Na época do sinistro, os órgãos envolvidos determinaram de imediato que a empresa realizasse as medidas cabíveis como: contenção e sucção dos líquidos contaminantes ainda dispostos na via pública com o intuito de evitar a contaminação de bacias hidrográficas da região, além do isolamento do perímetro para evitar o contato de pessoas e animais. Fato que pode ser comprovado pelo relatório da SEMEIA.
- Hoje (03/11) pela manhã enviamos uma equipe técnica do IMAC até o empreendimento para comprovar a situação relatada pelos moradores. Notificamos os responsáveis para que realizassem a limpeza, sucção e contenção do material químico que ainda possa existir no local de forma imediata.
- A notificação também determinou que o responsável pelo empreendimento deverá apresentar ao IMAC em até 30 dias a análise de solo ao redor do empreendimento e a análise de água, do Igarapé (Cigana), Capitão Ciriaco e Rio Acre para comprovação da existência ou não de contaminantes oriundos do incidente.
Nos colocamos à disposição para maiores esclarecimentos.
Com informações g1.