Começou nesta terça-feira (14) o julgamento de Hitalo Marinho Gouveia, de 33 anos, que matou a esposa Adriana Paulichen em julho de 2021 após ela descobrir traições. O júri popular ocorre na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Miliar, em Rio Branco, a partir das 8h.
O julgamento deve durar três dias: terça (14), quarta (15) e quinta-feira (16). Desde 19 de outubro de 2021, o processo está em segredo de Justiça. A defesa de Hitalo não se posiciona publicamente sobre o caso.
O acusado foi denunciado pelo crime de homicídio qualificado por feminicídio, recurso que dificultou a defesa da vítima e motivo torpe. Ele segue preso no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
A pronúncia a júri popular do acusado ocorreu em março do ano passado e, segundo informou o promotor de Justiça do caso, Efrain Enrique Mendoza, a defesa ainda recorreu para que ele respondesse por homicídio simples e, assim, não passaria por júri popular. No entanto, a decisão foi mantida.
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Homem que matou esposa após ela descobrir traição no AC tem prisão mantida e júri marcado para março — Foto: Arquivo pessoal
Crime e processo
Adriana foi morta com duas facadas e por estrangulamento no dia 9 de julho de 2021 ano em Rio Branco após descobrir a traição do marido. O crime ocorreu no bairro Estação Experimental em um ponto comercial aonde o casal vivia temporariamente. Quando a Polícia Militar chegou ao local, Hitalo Gouveia já estava detido por um policial civil, que acionou as guarnições.
No depoimento dado à polícia, ele contou que manteve união estável por dois anos e 11 meses com a vítima, sendo que após esse período eles se casaram. O casal tem um filho, que ficou sob os cuidados de Andréia Paulichen, irmã da vítima.
No começo de setembro de 2021, o juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco e Auditoria Militar, autorizou a quebra do sigilo telefônico do acusado e também da vítima para esclarecer melhor o fato, já que os dois estavam brigando dias antes do crime.
O juiz determinou que os aparelhos fossem encaminhados ao Instituto de Criminalística para levantamento das conversas no aplicativo WhatsApp, com atenção aos contatos com a mulher que ele estaria mantendo um caso, e mais três pessoas específicas e qualquer outro contato, que tratassem sobre as agressões que ocorreram na noite do dia anterior e o caso extraconjugal mantido por ele.
O documento pedia ainda que fosse levantada a relação de ligações efetuadas, recebidas no dia do crime e nos dois dias que o antecederam, constando o dia, horário e, se possível, o nome do contato, no caso desse estar cadastrado nas agendas dos telefones.
Com informações g1