A história de Marisa Nobile e Cristiano Ronaldo não começou na última terça-feira (14). Alvo da bolada de Cr7 durante o aquecimento para a partida entre Young Boys e Manchester United, pela Liga dos Campeões, a brasileira residente na Suíça recebeu cuidados do português e levou uma camisa do craque para casa. Mas a primeira interação entre os dois não foi lá muito amistosa.
Em uma partida entre Real Madrid e Basel, em 2014, pela fase de grupos da Champions, lá estava ela novamente como uma das stewards, funcionários que atuam na segurança de estádios. Cristiano Ronaldo, mesmo após atuar 90 minutos, insistiu em fazer atividades no campo depois do jogo. A atitude irritou Marisa, que trabalhou na organização do evento.
– Eu acabei xingando ele. Não sabia quem era ele direito. Falei: “Já terminou o jogo, você fica correndo aqui no campo e o pessoal não vai embora”. Ele continuou, e eu já estava muito cansada. Ele mandou eu falar com o técnico. Eu voltei: “E aí, vai terminar, ou não? Aqui é Suíça, querido” – conta Marisa.
– Ele mandou eu ir para aquele lugar. Eu falei: “Que cara grosso.” Até ontem (terça), eu não gostava do Cristiano Ronaldo. Mas vi que ele é totalmente outra pessoa – relata a brasileira.
Cristiano Ronaldo vai até torcedora atingida antes de Young Boys x Manchester United — Foto: REUTERS/Arnd Wiegmann
Antes do jogo, Marisa publicou nas redes sociais uma espécie de premonição. Escreveu que gostaria de tirar uma foto com o português e se desculpar pelo ocorrido de seis anos atrás. Com a intenção de se aproximar do jogador, se posicionou estrategicamente atrás do gol onde o elenco do United aquecia no Stade de Suisse, em Berna. A decisão mostrou-se perigosa.
– Eu até olhei para o Ronaldo, não sei se ele me reconheceu. Não foi vingança, não! Não vá pensar que foi vingança – garante.
Funcionária atingida por bolada e socorrida por Cristiano Ronaldo ganha camisa do ídolo após vitória do Young Boys sobre o Manchester United — Foto: Matthias Hangst/Getty Images
Quando Marisa se deu por conta, veio a bolada. A vista escureceu, e a segurança brasileira desmaiou. Ao acordar depois de cerca de 30 segundos, tempo estipulado pela filha que também trabalhou como steward no evento, veio a surpresa:
– Ele estava segurando a minha mão, fazendo carinho no meu rosto, perguntando: “Você está bem, você está bem?”
Primeiro, Marisa pensou estar sonhando. Depois, o segundo reflexo foi se desculpar pelo ocorrido de seis anos atrás.
– “Se você é mesmo é mesmo minha fã, eu vou te dar minha camiseta, autografar e te dar depois do jogo”, ele disse. Eu falei: “Suada?” Ele falou: “Suada!”.
E CR7 cumpriu. Após a derrota do United, o jogador atravessou o campo e foi em direção a Marisa, mas a segurança estava muito próximo à enérgica torcida organizada dos Young Boys. Assim, a camisa passou das mãos da comissão técnica dos ingleses às mãos da brasileira, que declarou:
– Agora eu sou a Ronaldete número 1!
Via-Ge