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Bombeiro da reserva do AC volta para casa após mais de 20 dias internado com Covid-19, dengue e pneumonia

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José Moreira Maia, de 55 anos, não precisou ficar na UTI, mas fez VNI durante a internação no Into-AC, em Rio Branco.

O bombeiro militar da reserva José Maria Moreira Maia, de 55 anos, ainda não sabe descrever o que sentiu ao deixar o Instituto de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC) após mais de 20 dias internado com Covid-19, dengue e pneumonia bacteriana. Maia saiu do hospital no domingo (25).

Ele foi internado no dia 2 de julho com 58% do pulmão comprometido. Mas, o teste positivo para Covid e dengue saiu no dia 26 de junho e ele ficou em casa tomando a medicação e fazendo o tratamento.

Conforme o tratamento seguia, o bombeiro ia piorando, com muita fraqueza, falta de apetite, falta de ar, dor nas costas, febre e até insônia. Maia relembrou que já deu entrada no Into-AC com 40% do pulmão comprometido e foi fazer ventilação não-invasiva (VNI).

“Quando foi no dia 2 de julho minha família me levou para o Into com mais de 40% do pulmão comprometido. Fiquei 11 dias nesse tratamento, não fui para a UTI, mas fiquei fazendo VNI, que é um procedimento de ventilação que você faz no leito não ser intubado”, disse.

Bombeiro não tomou vacina

A mulher de Maia também pegou Covid-19 na mesma época que ele, mas não teve sintomas graves e ficou em casa. O bombeiro contou que perdeu, há cerca de três meses, uma tia de 66 anos em Cruzeiro do Sul, no interior, para doença.

O casal ainda não tomou a vacina contra a Covid-19. O bombeiro falou que esperava chegar as doses da Janssen no Acre para tomar uma dose única, porém, o primeiro lote recebido pela Saúde do estado chegou no dia 24 de junho, dois dias antes dele testar positivo para o novo coronavírus.

“Minha categoria já tomou, só que fiz a opção de escolha de marca, agora não posso porque tenho que esperar um período. Queria tomar a Janssen que é dose única e não tinha que voltar para tomar a segunda dose. Acabou que não deu certo, mas assim que puder vou tomar a vacina”, lamentou.

Primeira alta

No dia 13 de julho, Maia recebeu alta médica após o quadro de saúde melhorar e pôde ir para casa. Porém, dois dias depois, ele teve que voltar porque teve uma piora. Na época, ele foi diagnosticado com pneumonia bacteriana e iniciou um tratamento mais forte.

“Voltei para um tratamento mais potente, pneumonia bacteriana e ainda veio uma dengue para ‘ajudar’. Essa dengue favoreceu no tratamento porque baixou minhas plaquetas e não corri o risco de trombose”, disse.

Nesse domingo, Maia saiu do hospital e foi de vez para casa. Ao chegar na saída, ele disse que sentiu um misto de sentimentos de alívio, gratidão, alegria e felicidade. Ele destacou ainda o tratamento e toda atenção que recebeu no Into-AC durante a internação.

“É uma equipe multidisciplinar. Dos psicólogos, médicos, enfermeiros e todos de ajudar para que você não fique ansioso, que seu quadro não se agrave. Quando chega a hora de sair, você fica ansioso, mas também tem uma tranquilidade de uma forma que a alegria se expande. É muito gratificante”, concluiu.

Por G1 AC

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