Acusado foi condenado por estupro de vulnerável e não pode recorrer em liberdade. Crime foi descoberto em 2018 após um parente denunciar. Réu não pode recorrer em liberdade.
Um agricultor do Seringal Riachuelo, zona rural de Feijó, interior do Acre, foi condenado a 41 anos de prisão em regime fechado por estuprar e engravidar duas vezes a filha com deficiência mental. O crime foi descoberto pela Polícia Civil da cidade em 2018 após um familiar fazer a denúncia.
Em dezembro de 2019, a polícia ouviu a vítima e o acusado, que negou o crime. Na época, a menina estava entre o quinto e sexto mês da gravidez e já tinha um filho de 6 anos. A polícia pediu o exame de DNA para comprovar a paternidade.
O acusado morava com a mãe da vítima. Após a denúncia, em 2019, a polícia aproveitou que o agricultor estava na cidade e o intimou para depor na delegacia.
Nessa sexta-feira (23), o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) divulgou que o Juízo da Vara Criminal da Comarca de Feijó condenou o homem por estupro de vulnerável. Ele não pode recorrer da sentença em liberdade.
A reportagem não conseguiu contato com o defensor público citado no processo.
Sentença
Na decisão, a juíza de direito Ana Paula Saboya destacou que ficou comprovado o crime praticado pelo agricultor durante as investigações. A menina teria sido abusada entre os 11 e 19 anos.
Durante o julgamento, o acusado teria confessado os crimes. Em 2019, durante o depoimento à polícia, ele alegou que a filha tinha engravidado na comunidade, mas que desconhecia o envolvimento dela com algum morador local.
“Estou convencida de que são verdadeiros os fatos narrados na denúncia. Trata-se de um fato repugnante que crimes desta natureza, que já são graves por si só, possam ainda ser piores, ou seja, praticados por quem justamente teria a obrigação de dar amor, carinho, educar, vigiar, ensinar, servir de exemplo”, pontuou a magistrada.
Por G1