Apesar de a Região Norte ainda não apresentar dados parecidos com o restante do país, a Fecomércio no Acre estima que os acreanos estão mais confiantes em termos profissionais e isso indica que possam consumir mais nos próximos dias. Dados divulgados na última quarta-feira, 21, pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), indicam que a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) apresentou resultados positivos em todo o País, com alta de 2% neste mês de julho.
De acordo com o consultor da presidência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac/AC, Egídio Garó, em dados divulgados pela Fecomércio, no Norte, o indicador chegou a 68,4 pontos e atingiu o maior nível desde abril. O resultado ficou 3,5% acima do registrado no mesmo período de 2020, mas o índice, entretanto, seguiu abaixo do nível de satisfação (100 pontos).
Para Garó, o “ICF demonstrou que as famílias estão mais confiantes com o emprego atual e teriam perspectivas de crescimento profissional para os próximos períodos”. Quanto ao nível de consumo, os entrevistados afirmaram que estão consumindo um pouco mais do que o verificado no mês de maio, data da última pesquisa, e afirmaram que pretendem consumir mais. “Retomando os hábitos anteriores ao início da pandemia, incluindo aquisição de produtos duráveis, setor deveras abatido por conta da diminuição da renda e do emprego da população”, explicou.
Porém, existem pelo menos dois indicadores preocupantes: “A renda atual ainda está comprometida e o acesso ao crédito está sendo evitado, demonstrando a preocupação que as famílias têm com relação aos financiamentos”, refletiu.
Norte
Já no Norte, as famílias reforçaram insegurança em relação à manutenção do emprego atual, com perspectivas de manutenção do emprego para os períodos futuros e com a redução percebida no poder de compra. “[Os nortistas] não estão utilizando o acesso ao crédito também pela insegurança relacionada com os indicadores de emprego e renda, mantendo o consumo reduzido para controle do orçamento doméstico”, disse, acrescentando, contudo, que houve intenção de consumo de bens duráveis nos próximos períodos. “Uma vez intensificadas as campanhas de vacinação, o que pode não se refletir na ação da compra, até porque a intenção de consumo das famílias ainda passa por momentos de restrição”, finalizou.
(Com Assessoria)